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O futuro do minério de ferro



Publicado em: 14/12/2015 15:08:00

Como discutido, inúmeras vezes no Portal do Geólogo, a guerra do minério de ferro e seus efeitos colaterais, como a queda dos preços, não irão matar a mineração.

Por mais destrutiva e perniciosa que seja a avareza de poucos, que gerou a desgraça de tantos, no final deste capítulo negro da mineração, algumas empresas irão sobreviver.

Não só sobreviver, mas auferir lucros enormes ao controlar um mercado bilionário, o maior da mineração moderna.

Em decorrência da guerra muitas minas e empresas tiveram que fechar as portas, deixando de produzir centenas de milhões de toneladas de minério pouco competitivo e de alto custo. Os chineses, que eram os maiores produtores mundiais, mas também os menos eficientes, sofreram na carne os efeitos devastadores da queda dos preços da commodity: fecharam em massa.

Somente neste ano o preço já caiu mais de 45% chegando aos US$38/t, um preço que inviabiliza a maioria das jazidas e dos produtores mundiais.

Mas, como sabemos, existe uma minoria que produz enormes quantidades de minério de ferro a custos baixíssimos.

É o triunvirato do ferro, composto pelas três gigantes Vale, Rio Tinto e BHP.

A partir de agora o Triunvirato do ferro, vai dividir, quase sozinho, um mercado de 1 bilhão de toneladas de minério de ferro.

Os lucros serão monstruosos, já que essas mineradoras excedem em qualidade e competência produzindo minério de baixíssimo custo operacional, que se aproxima dos US$10 por tonelada.

Depois da guerra do minério de ferro começa agora a consolidação dos vencedores que se preparam para reduzir e não aumentar a produção.

É que com a competição morta e fora do jogo, que os vencedores irão repartir 75% de um mercado mundial gigantesco. A partir de agora eles poderão se dar ao luxo de dosar a quantidade exata assim como a qualidade do minério de ferro a ser colocado no mercado.

Com isso essas empresas passarão a controlar, depois de muito tempo, os preços do minério.

É exatamente isso.

A Vale já declara que vai atrasar a entrada em produção da jazida S11D. Uma decisão sensata, pois acelerar a produção de seu melhor minério para ser vendido a preços minimalistas é uma estratégia predatória e prejudicial à Vale e ao país.

A Rio e a BHP já estão, também, reduzindo a produção dos próximos anos, entrando, consequentemente , na estratégia da “dosagem” do minério de ferro.

Em breve, como resultado desta nova tática, os preços começarão a subir aumentando, mais ainda, os lucros do Triunvirato.

Com o controle de preços, qualidade e da quantidade veremos um novo período de jugo mundial: um verdadeiro monopólio do minério de ferro.

Nesta fase que se aproxima é altamente improvável que novos projetos consigam passar o crivo econômico e deslocar os minérios produzidos pelo Triunvirato.

É a mineração monopolista ressurgindo das cinzas.




Autor:   Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo

  

 


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